Viajar para o Matutu sem reservar antecipadamente uma pousada pode não dar certo. A região tem apenas seis delas, que atendem a um número limitado de visitantes. Rústicos, mas confortáveis, esses estabelecimentos procuram se integrar à natureza que os rodeia.
Instalada no alto de uma montanha, da qual se avista a Cachoeira do Fundo, a Casa de Hóspedes Patrimônio do Matutu oferece uma estada diferente – e uma experiência verdadeiramente sensorial. Os hóspedes deixam o carro estacionado junto ao Casarão e, a partir dali, seguem a pé, enquanto burros levam as bagagens. Além de apreciar a natureza, o percurso de aproximadamente 40 minutos é um “esquenta” para se adaptar ao ritmo da casa.
A pousada não tem energia elétrica, sendo iluminada, à noite, por velas . O chuveiro é aquecido a gás. O paladar não fica de fora dessa experiência, já que cada refeição na Patrimônio do Matutu é um acontecimento: há pães de pimenta, pizza de abobrinha grelhada, feijoada vegetariana... Uma
slow food de categoria, em que predominam ingredientes produzidos e colhidos ali mesmo.
Mais próxima ao ponto de chegada ao vale, a Pousada Pedra Fina é a única a oferecer estada em chalés isolados. Tem um belo jardim, onde se escolhe entre repousar numa rede no gazebo, com vista para as montanhas e os bosques de araucárias, ou fazer uma sauna e arriscar um mergulho numa piscina natural cercada por uma cascata.
Construída e dirigida pelo casal Letícia Mendonça e Vitorio Marçolla, de Belo Horizonte (MG), a arquitetura da pousada segue o que se pode chamar de “estética Matutu”. Entre outras características, o reboco da parede não é liso, parecendo adobe, e as calhas feitas de bambu não destoam da paisagem. Com um perfil desses, a “balada” noturna é se enrolar num cobertor, pedir um chá e ver o céu coalhar de estrelas.
Fonte:
http://www.viaje.com.br